segunda-feira, 19 de julho de 2010

Dead Slow Act 125

17 de Março de 2010,

Depois de um dia bem passado junto à praia Norte da Nazaré, nas piscinas, eis que chego à Charneca da Caparica, descarrego o carro e preparo-me para uma sessão de spinning.

Com a maré cheia às 19:30, queria testar o meu pesqueiro habitual com a maré a vazar. Já sei que a encher o peixe anda por lá.

Chego ao pesqueiro ainda de dia, monto uma Macua dourada e vermelha e varro as primeiras aguas ali juntinho às pedras. Não senti um único toque. Fui-me chegando para a direita, afastando-me das pedras e com algum cuidado entrando mais na agua, já que as ondas estavam de enchio e mesmo estando a vazar apresentavam alguma força e inconstância. Continuo a lançar….

Mudo de amostra e coloco uma Dansel branca tipo Sasuke e volto a varrer em leque aquela zona. Nada e a noite começava a surgir. Com a Lua a quarto crescente a deixar um rasto de prata, reparei que estava a entrar muita luz na agua e que uma amostra branca dava muito nas vistas. Troquei de amostra e saquei de uma arma secreta.

Little Jack Dead slow act 125.

Esta amostra lança muito bem e tem um efeito de wobbling muito flanqueado e rápido. Aqueles tons de verde/amarelo com capacidades holográficas são a arma muito eficaz para noites com alguma luz, porque produz um cintilar muito atractivo.


Afastei-me ainda mais para a direita e estava já em plena praia, depois de passar uma zona com um fundão mesmo junto à muralha. À beira de fundão e a entrar dentro de agua cada vez mais, lançava a amostra que com o vento de Norte de uns 12 nós, fazia com que a amostra caísse na minha esquerda, não é que a visse, mas percebia-se pela direcção da linha quando começava a recuperar.

E insisti porque tinha fé na amostra. Estava kitada com triplos da Asari. Pela quantidade de linha que recupero sei que a amostra está a voar bem, embora as ondas a levem para sul e depois trabalha quase em diagonal em relação à praia, umas vezes mesmo em paralelo quando recupero mais devagar. A certa altura e já com a amostra ali muito perto do fundão, sinto um puxão que me surpreendeu, porque ali naquele sitio havia agua, areia e talvez alguma pedra perdida. Reagi ao puxão e levantei a cana e fiz o gesto de ferrar, a cana arqueou durante uns 2 a 3 segundos, seguiu-se outro puxão menos forte e a amostra sai disparada e cai mais frente ali a uns 3 metros de mim.

Praguejei e fiquei com aquele pensamento…”epa na volta acabei de perder o Robalo da minha vida…..”

Depois passei a amostra várias vezes por ali, mas o episodio não se voltou a repetir. A agua estava a sair do pesqueiro lentamente e eu aproveitei para avançar mar adentro e foi o que fiz melhor. Antes de começar a fazer o caminho de regresso, lancei na diagonal a tentar bater o mais água possível e quando já estava a recuar para contornar o fundão, ferro um robalo de 1,5Kg. Estava ferrado por fora em dois sítios e não soltou. Grandes fateixas estas… Devolvi o peixe com os devidos cuidados e esqueci-me de lhe tirar uma foto com a minha Olympus. Com este alento, deixei-me ficar mais um bocado até regressar ao ponto inicial.

No próximo fim de semana, volto e com a maré de feição.

Ficha Técnica

  • Cana Ilicium Classic 2,7m CW(10-40)
  • Carreto Okuma Inspira 40 RD
  • Linha Spiderwire 10Lb green
  • Terminal fluorocarbon Trabucco Diamond FC-X 0,24 com snap de carbono.
  • Amostras Macua vermelha e dourada, Dansel (sasuke alike) branca e Little Jack Dead Slow Act 125

Condições do Mar

  • 2 hora de vazante, Lua quarto crescente, ondas de 1 metro, às 22:30.

Até lá , um abraço!

Sem comentários:

Enviar um comentário