quinta-feira, 5 de maio de 2011

Spinning Urbano

Viva,

Tal como o Miguel, eu também gosto de fazer esta pesca urbana (Street Fishing), pelas mesmas razões que ele referiu, pela leveza e simplicidade do equipamento, pela proximidade dos pesqueiros e respectivo conforto e acima de tudo porque durante a acção de pesca temos a possibilidade de conversar e trocar ideias, tornando a coisa muito mais social e divertida.

A distancia entre ferrar um robalo e passado um pouco estar na esplanada de um bar a celebrar é muito curta neste urban fishing. Tem também a grande vantagem de se fazer uma pesca depois do jantar a qualquer dia da semana para relaxar entre dias de trabalho. A noite junto aos estuários, com as luzes da cidade como pano de fundo e com aquela expectativa de sermos surpreendidos  com uma espécie e um exemplar com que sonhamos, torna esta pesca quase mágica.

Dias depois de o Miguel ter ferrado dois robalos Ver aqui, voltei com o Pedro Pinguinha, para passar mais umas horas agradáveis junto à agua, mas num spot diferente. A corrente já se sentia na direcção ideal. Montei a cana habitual que uso no estuário, e coloco um vinil branco e começamos a sondar os pilares e recantos da zona circundante. 

A zona é relativamente funda e fiz trabalhar a amostra em todas as capas de agua, fazendo-a subir e descer suavemente. A corrente era suficiente para fazer trabalhar a amostra e por isso fazia um espécie de vertical jigging , mas sem os habituais puxões e twich's, era devagar até bater no fundo e subir até ver novamente a amostra.

Comecei pelo lado mais interior dos pilares, quase a deixar a amostra entrar para de baixo das estruturas e a meia agua e à terceira ou quarta passagem, ferrei uma baila muito bonita e de bom porte.


Muita luta na ponteira da cana, mas tinha o drag totalmente fechado e apenas com a acção da cana para amortecer as pancadas e com o pulso a tentar compensar, puxei o mais depressa que pude para a superfície. O tipo de estrutura e a quantidade de obstáculos, particularmente na parte interior, se deixamos o peixe sair um pouco, arriscamos a roçar o multi e lá vai peixe e amostra. Portanto, a ideia é ferrar bem, esperar que o peixe tenha engolido bem a amostra com o anzol posicionado e confiar no material. À superfície e com o peixe à vista já podemos dar um toque no drag e abri-lo um pouco, mas controlando sempre a linha que o peixe leva. Isto tudo acontece sempre de forma muito rápida e o tempo para pensar é pouco.


Como a agua estava a vários metros da parte superior dos pilares, pedi ajuda ao Pedro para me içar o peixe para cima, já que não tenho xalavar com cabo daquela dimensão.

Bailas nos estuários ? Aí estão elas, esta captura não é inédita e concerteza não será a ultima. Tal como me disse o Pedro, se há robalos, porque razão não deveria de haver bailas ? 

Com este brinde seguimos na sessão com mais entusiasmo e alento, lançámos mais para fora, varremos junto ao fundo na esperança de despertar os sentidos de uma corvina, mas nem os Charrocos deram sinal.

Por volta das 00:00 voltámos a casa, porque no dia seguinte é dia de trabalho.

Equipamento Descrição
Carreto Okuma VS-30a
Cana Okuma Salina Seaspin 2,10 cw 15-45
Amostra Sandeel 12,5cm - 23gr Branca Savage Gear
Cabeçote Savage Gear 16gr anzol 1/0
Linha Power Pro 20lb
Leader Seaguar 0,33 fluorocarbon


Abraços.

Fernando Rodrigues

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