segunda-feira, 23 de julho de 2012

Sorte...Tive sorte...

Viva,

Já estava para escrever este post há vários meses e aproveito um momento de pré-férias para escrever umas linhas sobre esta vida..a vida da pesca.

Tive sorte de conhecer um grupo de pessoas e amigos que pensam a pesca como eu. Como um desporto e uma diversão, uma forma de estar. O respeito pelo mar e pelos seres que nele habitam é uma constante, sem extremismos e sem devaneios, equilíbrio é a palavra certa.

E sorte porque a pesca com amostras é rica e multifacetada. Um dia vou a Sul pescar nos estuários com light spinning e divirto-me com as cavalas XL e com as Savelhas que saltam fora de agua, como vou aos Cabos e tento os Sarrajões bem cedo. 

Esta malta que tive a sorte de conhecer, são pessoas ávidas por conhecer todas as técnicas e estilos de pesca que há com amostras e isso é muito interessante e compensador. Desbravar e combinar técnicas aplicadas à zona costeira Portuguesa é um exercício fantástico de descobrimento e de desenvolvimento como pescador.


Pegar no setup de Shore Jigging  no inverno e lançar jigs nos pontões é dos maiores prazeres que posso ter nessa época. Intercalar estas saídas, com Urban Spinning ao pé de casa, com setups de light spinning, com fotos e C&R.

Não há nada mais divertido e com descargas monstras de adrenalina do que apanhar corvinas de 30kg com canas da Caperlan e carretos 3000...E com canas de casting ?? Isto é para quem gosta e para quem sabe.

Pesco cada vez mais fino, ferrar um robalo com 3kg com uma cana de LFR (Majorcraft Solpara 7"3) com linhas 0,072 com tensão máxima a 3,357kg e um leader 0,17mm num spot com estruturas sabe bem...Também já abusei da sorte e perdi o peixe, mas fico sempre satisfeito e faço votos que o peixe se veja livre da recordação que lhe deixei.


Mas também sabe bem umas cavalas XL com o setup de LRF, que diversão, que gozo, e à superfície com um popper ??? 

Um light spinning, nos dias de verão, com as aguas aquecerem, bem cedo, umas amostras de superfície fazem um homem renascer.

Pegar na Yamaga e no Nanofil 0,10 e lançar bem longe à procura dos Serras....naquele azul profundo, uns jigs ou uns pencils...Mudar a técnica se passa da hora e fazer uma pesca de esperança, naquela espécie que de vez e em quando conseguimos avistar ali no canto da marina...

E uma incursão aos achigãs com a Solpara ? Pescar com criaturas ?? Claro, os estilos e as tecnicas misturam-se, afinal o LRF tem alguma coisa da pesca ao Bass... 
Vejam o Sam Bosh a deliciar-nos com múltiplas espécies diferentes com um setup de luxo numa ilha de sonho, um exemplo de civismo, o LRF no seu expoente máximo.


Vejam também o que nos nossos amigos Ingleses fazem com o HRF, aqueles bodiões lindos que ferram e os 572 robalos que o Keith nos mostrou, sim 572...e deixou de contar, com setups próprios e as belas canas da Century. Tentar arrancar um bodião daqueles à beirinha da toca com uma cana de LRF ou de light spinning dá direito a perder o peixe e a amostra.

E agora, para fazer mais uma descoberta, mais uma experiência, comecei a fazer Fly Fishing com streamers e moscas feitas por mim. Não estou sozinho nesta etapa, mais uma vez estou acompanhado pelas pessoas que tive a sorte de conhecer.



Só me falta tempo e algum dinheiro para ir mais vezes, para escolher o que me apetece naquele dia, que cana, que amostras, onde ir.....que técnica vou usar.


E você ? Só pesca aos Robalos ???.....Sim ? Que pena!


Um abraço


Fernando Rodrigues.