quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Cefalópedes de Outubro


O final do verão é um período um pouco indeciso. Podemos chamar-lhe uma back season. Nesta altura há que regressar à rotina, as escolas, os dias pequenos, virar para dentro de casa. O tempo livre é mais curto.

O que me valem são as Lulas (os charutos) e os outros cefalópedes. Umas pescas rápidas, com as companhias do costume.





Os Chocos também andam pelo fundo, mas são pequenos.


E por vezes uns polvos. Esta pesca é lenta, intercalada com umas animações, mas sempre perto do fundo (por vezes as Lulas andam mais a meia água, podemos dar uns esticões mais vigorosos que trazem o palhaço mais acima e depois deixamos descer novamente). É uma pesca muito tranquila, sem dúvida, dá tempo para conversar e trocar impressões. Por vezes sinto prisões, nas pedras, ou alguma outra estrutura no fundo, mas na maioria das vezes consigo desprender o palhaço. No entanto existem algumas prisões que não são pedra.


Por diversas vezes senti toques suaves, e ferrei logo. Quando tento recolher está preso... Pois é, são os polvos que atiram um tentáculo ao palhaço, e com os outros agarram à estrutura. Com alguma insistência conseguimos levar a melhor, mas sempre com calma. Se formos bruscos perde-mo-los na certa.



Adeus cefalopedes, até Abril. É tempo de me virar para a praia e experimentar umas amostras novas.



Abraço,
Miguel

domingo, 23 de outubro de 2011

Berkley Nanofil

Viva,

A Berkley anunicou esta linha faz pouco tempo e resolvi testar dois diametros, o 0.15 para Spinning e o 0,06 para Rock Fishing.



Fiquei curioso com tecnologia que diz não ser um mono nem um multifilamento. Trata-se de polietileno em gel mas em fio...como os super-fios. Nano filamentos de Dyneema ligados molercularmente.


A linha 0.15 é suave ao tacto, com uma sensação tipo plastificada onde não se sente o entrançado como nos multifilamentos, é quase lisa como o mono. Puxando um pedaço da linha ela fica em "pé", não tem memória nenhuma e obviamente elasticidade zero. 

Como podem ver na imagem a textura das linhas e os diâmetros. Muito bom em termos de suavidade nos passadores das canas com pouca fricção, mais leveza e portanto menos afectada pelo vento, que torna esta linha formidável para lançar amostras bem longe. 

Nem tudo são maravilhas. Uma linha com um diâmetro destes pode complicar alguns temas que não costumam dar problemas. O tema dos nós. Sendo uma linha muito fina, com pouco atrito e fricção, muito lisa, a Berkley recomenda alguns nós que funcionam bem.

Nos testes que fiz em Spinning usei o Albright Duplo com laçada no Nanofil, como está na imagem 3. Os nós que fiz, todos eles seguraram bem e não tive problemas. Para segurar um snap ou um anzol com olhar, a Berkley recomenda o Palomar duplo.

Como só ainda testei o 0.15 a minha opinião neste momento é esta :

Depois de uma noite de spinning não tive uma única cabeleira, transmite uma sensibilidade ao toque como nunca senti em qualquer outra linha, lança de forma impressionante e a linha cai logo na agua, não anda a voar, e fá-lo suavemente. A linha quando chega ao carreto vem literalmente seca, que foi uma dos aspectos que gostei imenso, porque nos próximos lançamentos não está molhada e consequentemente não tem o peso da agua e continua a lança longe.
Um aspecto negativo a confirmar. Fiquei com a ideia que esta linha não gosta de pedra, e quando digo não gostar, parece que não gosta mesmo de roçar nas pedras. Quando fiz a limpeza do material tive de tirar uns 10 metros de linha que estava com toques com pontinhas a desfiar. A pesca que fiz foi em praia aberta com umas pedras afundadas que até estavam pouco mariscadas e tive duas prisões ligeiras que julgo não justificarem aquele estrago. Este aspecto fica sujeito a confirmação.

De qualquer forma são muito mais os aspectos positivos que de facto dão um novo significado às linhas para a pesca com amostras.

O 0.06 vou testa-lo dentro de dias e darei feeback mais tarde.

Abraços.
Fernando Rodrigues

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Majorcraft Solpara 7"3' Rockfishing

Viva,

Uma cana japonesa para a classe "económica". É a solução que a marca Majorcraft oferece aos menos abonados ou para tempos de crise. Nem de propósito...não é?

Vou começar a usar esta vara para a prática desta modalidade de tanto gosto me dá. Como se diz nos meandros desta pesca, é a captura de pequenos peixes que dão um imenso prazer, pelas técnicas aplicadas, pela exigência requerida e acima de tudo pelo feeling necessário para enganar os peixes alvo. 
 A construção da cana está impecável, tudo muito bem assemblado e colado e envernizado.
Escolhi a versão tubular na ponteira em detrimento da versão solida, perde em sensibilidade, mas ganha em cw e em potência.
Ter esta cana na mão permite perceber a diferença entre uma cana japonesa e de outras origens. O peso impressiona qualquer um.
 Todos os componentes são de qualidade qb, temos de ter em conta que é uma cana para uma classe "económica", mas mesmo assim gostei muito do vi e estou a referir-me à qualidade dos materiais usados.Tem passadores Fuji Sic.


 Este porta carretos vai-me transmitir muitas "picadas"...


 Até do azul gosto, faz-me lembrar a Daiwa Shore Jigging 106Mh...gostos!!!



 Quando vi a ponteira pensei "isto pode-se partir, tenho de ter cuidado no transporte". O passador terminal tem um orifício que parece o de uma agulha, ainda bem que vou usar a nova linha da Berkley Nanofil 0,06mm...


Por aqui vai ser mais rascassos, cabozes, carapaus, fanecas, e todos aqueles que eu conseguir enganar com uns vinis e mini jigs. 


E agora vou à pesca e já sei onde vou estrear esta cana...

Abraços.
Fernando Rodrigues.