sábado, 24 de setembro de 2011

Rock Fishing de Oito pernas

Viva,

Numa noite destas voltamos aos Cefalópodes mas  aqueles que eu queria não andavam por lá.

Como tinha levado alguns vinis para Rock Fishing e a noite convidava, tirei o palhaço e montei um mini raglou branco e com a montagem de oliva solta na linha, sondei as imediações. 

Não tive toques, nem no fundo nem a meia agua. 

Troquei o vinil e coloquei um verme vermelho cortado ao tamanho do anzol e sondei o fundo. Não havia vento e a maré corria pouco, estava uma noite excelente, com Lisboa lá ao longe, bonita como sempre.

Lancei ali para o lado junto a uma muralha e recuperei muito devagar, o Daiwa Crossfire 1500 rolava e parava. Dava uns toques muito suaves de ponteira a querer animar aquele verme por forma que a sua cauda vibrasse. 

Recupero mais um pouco, sinto um peso, faço a ferragem e venho a rebocar qualquer coisa que não lutava pela vida, mas libertou-se. Voltou a lançar para a mesma zona, volta a prender, sinto peso, ferro, cana vergada e desta vez vi o que era...



Um pequeno polvo, ferrado por baixo quase junto à boca, deve ter atacado a amostra à polvo, "voando" para cima da comida e fechando de seguida.

Não sei se foi coincidência, mas o polvo tinha os mesmo tons e cores do chão. Uma capacidade fantástica destes animais, o mimetismo. 

O rock fishing é uma pesca que reserva muitas surpresas.

Abraços.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Jigging ligeiro de terra

Viva,

Jigging ligeiro de terra (Light Shore Jigging) é das vertentes mais versáteis que conheço para a pesca com amostras.


Cavala ou Sarda (Scomber Scombrus)

São várias as amostras que podemos usar, desde as pequenas zagaias, vib's, pencils afundantes, colheres e chapinhas e rubber jigs (madai jig), tudo com um peso até 30gr, máximo 40gr. Esta fronteira de pesos é minha, é assim que tenho arrumado as ideias. Haverá quem possa pensar diferente e goste de dividir doutra forma.


Sarrajão (Sarda Sarda)

E é versátil porquê ? Estes "jigs" que acabei de referir na grande maior parte das vezes lançam bem e longe, são pequenos e muito atractivos às espécies predadoras, quer pelo comportamento que têm, formas e cores, e pelas animações que lhes podemos dar.




Cavalas lima-limão de um final de tarde. São muito desportivas e cheias de força. Dão gozo pescar com equipamento leve.



Cavala ou Sarda (Scomber Scombrus)


Especialmente os casting jigs são muito produtivos, em particular os que têm o comportamento "queda de folha" quando suspendemos a recuperação e os deixamos afundar.



Cavala ou Sarda (Scomber Scombrus)

Pela minha experiência, esta pesca funciona em quase todos os pesqueiros, época do ano, dependendo do estado do mar e tempo, sendo que o verão é a altura de excelência com aguas calmas. 


Peixe-agulha (Belone Belone)

Tenho praticado o jigging ligeiro com uma cana com um casting weight 3-25gr, carreto 1500, multi de 10lbs e um leader de fluorocarbon 0,25mm. Numa ou outra ocasião subi a parada para as 40gr mas apenas com o objectivo de chegar mais longe e cobrir mais agua. Quanto mais leve se consiga pescar, maior a diversão.



Savelha (Alosa Fallax)

E a versatilidade também tem a haver com as espécies que se capturam. São amostras pequenas, afundantes que cobrem todas as capas de agua. Os rubber jigs imitam cefalopedes e podem e deve usados e abusados. Um dia pode-lhe sair uma dourada de sonho.


Tremelga (Torpedo Torpedo)

Cuidado com os choques...ttzzzzzzzzzzzzzzttt.....!!!

Abraços.
Fernando Rodrigues








quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Uma vida debaixo de agua

Viva,

Ray, um mergulhador comercial, é como ele se intitula. 


Ele diz e imagina que "mergulhar é como ir à Lua, mas muito melhor, porque na Lua não há nada e no mar há vida."

A história que vão ver não tem a haver com pesca ao engano, mas tem a haver com o mar, com quem lá vive e as memórias dele e dos outros, através dos objectos que as pessoas foram lançando ao mar e que ele foi recolhendo. Por detrás destes achados, estão histórias de vida.



C'um escafandro.

Abraços.
Fernando Rodrigues