Viva,
Numa noite destas voltamos aos Cefalópodes mas aqueles que eu queria não andavam por lá.
Como tinha levado alguns vinis para Rock Fishing e a noite convidava, tirei o palhaço e montei um mini raglou branco e com a montagem de oliva solta na linha, sondei as imediações.
Não tive toques, nem no fundo nem a meia agua.
Troquei o vinil e coloquei um verme vermelho cortado ao tamanho do anzol e sondei o fundo. Não havia vento e a maré corria pouco, estava uma noite excelente, com Lisboa lá ao longe, bonita como sempre.
Lancei ali para o lado junto a uma muralha e recuperei muito devagar, o Daiwa Crossfire 1500 rolava e parava. Dava uns toques muito suaves de ponteira a querer animar aquele verme por forma que a sua cauda vibrasse.
Recupero mais um pouco, sinto um peso, faço a ferragem e venho a rebocar qualquer coisa que não lutava pela vida, mas libertou-se. Voltou a lançar para a mesma zona, volta a prender, sinto peso, ferro, cana vergada e desta vez vi o que era...
Um pequeno polvo, ferrado por baixo quase junto à boca, deve ter atacado a amostra à polvo, "voando" para cima da comida e fechando de seguida.
Não sei se foi coincidência, mas o polvo tinha os mesmo tons e cores do chão. Uma capacidade fantástica destes animais, o mimetismo.
O rock fishing é uma pesca que reserva muitas surpresas.
Abraços.