Nos últimos dias estive de férias e aproveitei para fazer umas sessões, daquelas de verão, relaxadas, e sem stresses nenhuns.
Fui durante o dia, com o sol alto, num intervalo das praias. No primeiro local tentei vários casting jigs. Várias cores, várias animações, quedas, velocidades mais lentas, mais rápidas... nada! Estranho, ainda estamos em Junho, mas está um calor... onde andam as cavalas? Sim, era das cavalas que eu andava à procura, para ter uns peixinhos e divertir-me um bocado. Com os barcos, e as pessoas, toda a confusão, só mesmo essas destemidas, e os agulhas, e eventualmente algum peixe porco...
Bem, as cavalas não estavam, mas mesmo assim ainda ía tentar uns vinis antes de voltar para a praia. Com um Mother Worm amarelo andei a passear lento a
por cima das pedras... Nisto alguma coisa se agarra à amostra. Sei o que é... retiro a amostra e confirmo! Uma bicada no vinil. Então, já vais ver. Monto um palhaço e lanço. Foi rápido, ao 2º ou 3º lançamento o primeiro.
Um choquinho à algarvia. Pequeno, mas ao menos alguma coisa se atirou à amostra. Continuo, e passado pouco tempo tenho um grande. Fez força, e eu mantive a cana ao alto... mas foi-se. Foi-se porque eu não tinha mexido no drag. Demasiado fechado para cefalopedes, ainda por cima com uma cana de acção rápida, não há milagres. É pena, mas o erro foi meu. E assim desisti. Nem sequer tinha material mais light para os chocos, não davam gozo.
Noutro dia, mais uma pesca. Os miúdos ficam na praia, e eu vou às pedras fazer uns lançamentos. Chego, e estava um pescador. Conversador e simpático, pus-me então à vontade a partilhar o local, com alguém que apesar de não conhecer esta pesca era de mente bem aberta (já valia a pena). Então lá comecei a fazer uns lançamentos, desta vez com uma viva parade. É para mim a melhor amostra que existe. Do mais versátil que há, e pesca tudo.
Pois é, eu estava às cavalas, mas não apareceram, pelo menos para já. Quem se atirou foi uma Baila que saiu de entre duas rochas e veio à superfície atacar a Viva Parade. O ataque foi fulminante, e como eu estava num local alto, e a água transparente vi tudo. Depois debateu-se, o pescador que lá estava assistiu e aprontou-se para subir o Peixe. Já valeu.
Continuo, e vou mudando de cores. Ainda tive mais duas ou três bailas a fazerem o mesmo tipo de ataque que a anterior, mas nenhuma concretizou.
Entretanto montei um jig branco e quando caíu na água logo um ataque. Uma cavalita. Estavam longe.
O pescador que lá estava dizía-me que elas encostavam bem ali. No entanto naquele dia estavam longe. Não sabia porquê. Eu disse-lhe que provavelmente a minha t-shirt vermelha estava a dar nas vistas, eheh. Provavelmente era mesmo isso. Talvez se não estivesse vestido assim tivesse tido mais umas bailas. No entanto quando dei com as cavalas mais fora lá me fui divertindo com elas.
Outro dia, e desta vez os míudos não quiseram ficar na praia. Ok, hoje vão eles à pesca. Lá os fui pôr a pescar. Coloquei uma colher da Lhur Jenhsen com 5/8oz para não afundar muito, e não terem o risco de andarem a perder amostras.
Primeiro a minha sobrinha. Começou bem, teve a primeira, sentiu, recolheu, mas... foi-se embora. Expliquei-lhe que tinha que ferrar o peixe. Ensinei-lhe, aprendeu, e ferrou outra.
Muito satisfeita com o seu primeiro peixe. Já estava a querer mais e mais. Ensinei-lhe a animar a amostra. A dar toques, a deixar cair em folha. Expliquei-lhe que era para despertar o ataque. Para provocar os peixes. Ela percebeu e ficou viciada. Já está em pulgas para ir aos Achigãs.
A seguir o meu pisco. Dava saltos, riam-se que nem uns perdidos. Também ele teve as suas cavalihas, a recolher e a senti-las a bater.
Aproveitei para lhes mostrar o lixo que abunda pelos pesqueiros, e que o mar leva, e que se vai acumular em ilhas de lixo. Aproveitei para lhes explicar que só levamos o peixe que vamos comer. Não levamos mais. Se eles quisessem continuar a divertir-se podiam, mas podíamos libertar os peixes, com os devidos cuidados.
Foram uns dias de férias calmos e agradáveis.
Abraço,
Miguel